Deus,
Qual
é a velocidade certa?
Qual
é o caminho certo?
Qual
é a escolha certa?
O
quê, em nome dos céus,
É
certo fazer?
Será
que coloco batinas
E
começo a falar latim,
Mesmo
se ninguém entender?
Ou
talvez procure um mosteiro,
Faça
meus votos de austeridade
E
medite o dia inteiro
Procurando
me encontrar.
Seja
monja, iogue e
Pelo
santo Himalaia comece a peregrinar.
Posso
também bater tambor,
Chamar
preto-velho, caboclo e Iemanjá.
Ser
feliz, ser devota e cantar.
Quem
sabe eu apenas não observe
E
veja Deus em todas as coisas.
Sabedoria
cotidiana suprema
De
quem o silêncio é o maior professor,
Daquele
que já venceu a dor.
E
quando me cansar,
Talvez
tudo mude
E
eu suba num púlpito gritando:
Corra!
Jesus está vindo te salvar!
Posso
te procurar nas mesas falantes
Que
começaram a girar.
Receber
teus ensinamentos, conversar…
Posso
olhar para o céu
E
seguir uma grande estrela brilhante,
Boas
novas de Davi
Acenando
a todos os viajantes.
E
se ainda fraquejar,
Posso
ir muito mais além.
Talvez
procure sentido nas palavras
Do
grande profeta Maomé
Até
as portas de Jerusalém.
Como
grande protetora
Invoco
a rainha da floresta.
Sabedoria,
paz e luz,
Em
forma de planta e festa.
E
as vidas vão passar...
Tantas
coisas eu serei
E
em tantas coisas vou acreditar.
Mas
não importa o que aconteça,
Ou
quem eu seja,
Eu
sigo te procurando,
Mesmo
sem saber onde te encontrar,
Pois
aonde quer que eu vá,
Aonde
quer que eu olhe,
Todos
dizem que você está lá.
E
assim meio perdida
Continuo
a peregrinar.
E
mesmo que todas as instituições humanas
Tentem
te deturpar,
Eu
sei que com coração aberto,
Sentimento
puro e compreensão,
Aonde
que que eu vá,
Ainda conseguirei ver o teu olhar