quarta-feira, 13 de junho de 2012

Universos


Vejo a chuva cair pela janela.
E atrás desse horizonte
Tantas vidas se desenrolam como novela,
Jorrando de uma eterna fonte,
Como essas gotas grandes e frias
 Que caem de um céu acinzentado
Num dia frio,
De um junho nublado.
Vidas tão diferentes e singulares
Seguem seus próprios caminhos
Com seus pensamentos e pares.
Tantas vezes vão sozinhos,
Se encerrando em seus lares,
Universos pequenos e particulares
Tidos como únicos e verdadeiros.
Estrelas no céu da vida,
Cavalos em seu eterno celeiro,
Enxergando apenas seu devaneio,
Como se só aquilo fosse certo e verdadeiro.
Continuam a seguir e a viver.
Cegos, com olhos tapados,
Sem perguntar ou responder,
Em seus pensamentos encurralados…
Sem sequer notar
Que há tantos outros universos
Se desenrolando bem ao seu lado.




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