domingo, 5 de agosto de 2012

Cartas Invertidas


Lanço uma pergunta aos céus,
E recebo a resposta de todos os deuses.
Eles se mostram entre seus véus,
Deixando-me entrever o futuro em seus olhos.
Suas faces límpidas e sem emoção,
Demonstram que não fazem parte,
Daquilo que está em ação.
Mas esse não é o destino que pedi.
Entre tudo o que mais queria,
Com certeza, não foi isso que escolhi.
Será isso mesmo que irá acontecer?
No curso de minha própria vida,
Hei de me perder?
Não, não ouso acreditar,
E guerrearei contra todos os deuses,
Até meu futuro se transformar!
Não acredito no que seus olhos me dizem,
Mesmo que repitam mais de mil vezes
E as cartas invertidas que se contradizem,
Não quero nem olhar,
Coloco-as, novamente, no monte
Para que possam repensar...
Essa sou eu, esse é meu destino...
Nas cartas desse tarô obscuro,
Eu tiro as cartas que quiser,
Para formar o meu futuro!
Virem seus olhos, deuses,
Para um novo horizonte,
Eu joguei um outro jogo,
Já não vou mais beber, serei a fonte...
Ás águas de eternamente fluindo,
Debaixo de muitas pontes.
Abram os olhos, deuses,
E olhem bem distante,
Vejam meu novo jogo,
Que está agora tão brilhante.
No tarô de minha vida,
Somente eu dou as cartas de agora em diante.




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