Vejo a chuva cair pela
janela.
E atrás desse horizonte
Tantas vidas se desenrolam
como novela,
Jorrando de uma eterna
fonte,
Que caem de um céu
acinzentado
Num dia frio,
De um junho nublado.
Vidas tão diferentes e
singulares
Seguem seus próprios
caminhos
Com seus pensamentos e
pares.
Tantas vezes vão
sozinhos,
Se encerrando em seus
lares,
Universos pequenos e
particulares
Tidos como únicos e
verdadeiros.
Estrelas no céu da vida,
Cavalos em seu eterno
celeiro,
Enxergando apenas seu
devaneio,
Como se só aquilo fosse
certo e verdadeiro.
Continuam a seguir e a
viver.
Cegos, com olhos tapados,
Sem perguntar ou
responder,
Em seus pensamentos
encurralados…
Sem sequer notar
Que há tantos outros
universos
Se desenrolando bem ao seu
lado.