terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A perspectiva de meus olhos



Vejo o sol se pôr entre meus cabelos vermelhos...
Fios esvoaçantes ao vento,
Brisa na janela,
O carro na estrada voa como o pensamento…
Seguindo sem rumo e sem direção,
Queria que a estrada não tivesse fim.
O som ligado e um cigarro na mão,
Vou andando
E esperando a estrada me guiar…
Deixo minha vida nas mãos do destino
E espero ele me encontrar.
Que venha na minha direção
E me leve onde tiver que levar.
Vejo o mundo passar entre meus cabelos vermelhos...
Os fios se confundem com a paisagem.
A perspectiva torta e difusa
De quem vê um mundo diferente.
De uma mulher ainda criança,
Mas já não tão inocente.
Uma vida que corre contra o vento.
Pensamentos, confissões e emoções…
Palavras perdidas num mar de sentimentos.
Uma vida que segue
Como um poema nas mãos de seu autor…
As palavras surgem da emoção,
Seguem o rumo que tem que tomar.
Um poema iniciado sem prazo pra acabar.
Vida bonita, emocionante
E ilusoriamente infinita,
Me leve até onde tenho que chegar.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Impermanência de Tudo



Sobre o que fazer,
O que ser e o que pensar,
Reflito sem entender
O que preciso alcançar.
E no meio dos dias corridos
Os sentimentos se vão perdidos,
Algo que não precisa ser pensado,
Ou como se nunca houvesse existido.
E os mundos se transformam,
Cruzam suas órbitas,
Como almas que não se conformam
Somente com sua trajetória.
Os sentimentos se misturam,
Formam caminhos infinitos,
Pelo universo serpenteiam,
Como se sempre houvessem existido.
Enquanto a impermanência de tudo
Mostra seu rosto tão variável,
Eu me perco e me acho no absurdo,
Na vida, no momento e no cansaço.
Os desejos tão puros,
Os pensamentos tão variáveis,
Vidas grandes, pequenas e intercambiáveis,
Tudo se mistura em todos os nossos sentimentos,
Como se sempre houvesse existido
E, ainda assim,
Estivesse sendo criado naquele momento.





sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Venha Vida


Venha vida
Que eu não tenho medo.
Aconteça o que tiver que acontecer,
Tarde ou cedo.
Não me amedrontam os acontecimentos,
Pois sei que é tudo passageiro,
E são esses infinitos momentos
Que constroem nossa alma por inteiro.
E a vida é tudo isso,
Esse furacão de coisas acontecendo
Comigo, com você e com todos,
Neste exato segundo e momento.
E com meus olhos de poeta
Enxergo um mundo de sentimentos
Se confrontando com pressa,
Cheios de tristezas e encantamentos.
Mas venha vida
Que eu não tenho medo.
Te enfrento com a coragem
De quem se esconde atrás das palavras.
Venha vida,
Que já não é tempo de ter medo.
Te espero com o distante olhar
Daquele que tem muita pressa,
Mas sabe quando é tempo de esperar.









quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Pintura da Vida


A vida corre bela.
Entre sufocos, gritos e movimentos,
Ela vai se desenhando em nossa tela.
Uma pintura abstrata
Misturando sentimentos, emoções e ilusões.
Cores fortes, quentes e misturadas,
Acontecimentos transformados em borrões…
Traços imprecisos e tremidos,
O espelho de quem vive a vida sem certezas.
Linhas intermináveis em momentos perdidos,
O reflexo da convicção de que não se pode parar.
Nos desenhos do destino
Suas ações se transformam em pincel,
Vão delineando sua historia na tela da vida.
Seus movimentos traçam o curso,
Seus desenhos conduzem à paisagem.
Uma pintura abstrata de quem não sabe o que fazer,
Traços suaves, fortes e tintas jogadas,
Misturam-se por puro prazer.
Transforme suas tintas em alegria,
Misture todas as cores,
Na tela de nossa vida somos os únicos pintores.
Faça como bem entender,
E se no fim quiser desfazer,
Esqueça, apague, sempre há tempo pra recomeçar.
Entre esboços, rabiscos e obras-primas
A pintura da vida não pode parar.







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