quinta-feira, 26 de abril de 2012

Tic-Tac


Tic-tac… Tic-tac…
É o som que ouço
Nas janelas da vida,
Anunciando que o tempo passa
E o mundo se transforma.
Tic-tac… Tic-tac…
É o som que nos chama,
Nos convida a viver,
Anunciando que a vida vai,
Com ou sem você.
Tic-tac… Tic-tac…
É o som que ouço
Vindo e vibrando na vida,
Cada vez mais rápido
Deixando-me perdida.
Tic-tac… Tic-tac…
Como eu queria que fosse mais devagar,
Poder ficar aqui,
Quem sabe viver e voltar,
Fazer de novo sem se preocupar.
Tic-tac… Tic-tac…
É o som que ouço sem parar
E acaba me deixando doida,
Pois a vida está acontecendo tão rápido
Que quase não a vejo passar.


sábado, 21 de abril de 2012

Minha Memória


Entre silêncios e gritos sufocados,
Entre dias cinzentos e céus nublados,
Entre pensamentos e devaneios,
Me afogo nas ondas de minha mente,
Me deixo levar pela correnteza...
Sem olhar muito pra onde, sigo em frente.
Muitas vezes me viro e olho para trás,
Porém não é pecado sentir saudade demais.
Vejo o tempo passar diante de meus olhos
E ele vai deixando marcas eternas.
Muita vida num pequeno espaço de tempo.
Lembranças inesquecíveis, fogosas e ternas.
Uma vida bem vivida,
Muitas emoções sentidas,
Aventuras inesperadas
Em noites quentes e de lua estrelada.
Sorrisos sinceros e apaixonantes,
Beijos românticos e ardentes,
Toques suaves e homens cativantes,
Olhares obscuros em lugares excitantes.
Gargalhadas despreocupadas,
Luzes de alegria em um mundo cinzento.
Encontros e palavras desprogramadas,
Idéias obscuras em meio a névoa de minha mente.
Rostos desconfigurados
Misturados à fumaça crescente.
E o tempo pode passar,
O relógio pode correr,
Independente do que acontecer
É aqui que vou estar.
Dançando na minha memória
Entre lembranças reluzentes.
Pedaços perdidos de uma grande história
Se mexendo ao som da música que a gente sente.
E o tempo pode passar,
O relógio pode correr,
Independente do que acontecer
É aqui que vou estar.
Nos braços de minha memória
Mexendo meus pés freneticamente.
Refazendo toda minha trajetória
Com as luzes piscando num ritmo quente.
Um baile em homenagem ao passado,
Um reencontro da mulher com a menina,
Toda uma vida passando atrás desses olhos embaçados.  




terça-feira, 10 de abril de 2012

Esconderijos



Em cada esquina,
Em cada lugar escuro,
Se escondem pedaços de uma menina.
Vestígios obscuros
De um tempo que passou,
De uma vida cheia de caminhos,
De um mundo que acabou.
Em cada estrela,
Em cada olhar,
Se escondem pedaços de um sonho.
Vestígios perdidos
De perguntas sem respostas,
De questionamentos esquecidos,
De um tempo que se foi.
Em cada passo,
Em cada palavra,
Surge uma nova esperança
De ver o mundo como uma criança,
De acreditar,
De poder, mais uma vez, realizar.









segunda-feira, 2 de abril de 2012

Ondas da Vida


Nas ondas da vida
Me deixo levar.
Esse mar me traz tantas surpresas
Que, ás vezes, custo a acreditar.
Por tantos oceanos naveguei,
E por tantas vezes achei
Que meu navio estava prestes a naufragar,
Que me desmanchei em lágrimas
E me juntei ao mar.
A tempestade sempre se anunciava terrível
E não me deixava ver o horizonte,
Onde uma alma sensível
Tecia lentamente
Os fios invisíveis do destino à minha frente.
Mas as tempestades sempre passaram,
E o sol sempre se anunciou.
Me trazia tantos presentes,
Como alguém jamais sonhou.
Jóias incontáveis,
Dignas de reis e rainhas,
Bênçãos tão admiráveis
Que jamais poderei agradecer sozinha.
E o mar calmo e tranquilo
Me permitia navegar
Em águas azuis e límpidas
Em que todos sonham passar.
E nas ondas da vida
Me deixo levar.
Pois entre tormentas e remansos
Meu navio continua a navegar,
Tanto e tão alegremente
Que de tanto viver
Voltarei a me fundir ao mar.




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